quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Broken but recoverable.... or something like that...

Mais triste do que o que acontece
É o que nunca aconteceu.
Meu coração, quem o entristece?
Quem o faz meu?
Na nuvem vem o que escurece
O grande campo sob o céu.
Memórias? Tudo é o que esquece.
A vida é quanto se perdeu.
E há gente que não enlouquece!
Ai do que em mim me chamo eu!





Não consigo viver sem música, excepto no meu carro em que não tenho colunas. A vida tem uma dualidade fantástica que tantas vezes se expressa desta forma. Sou um vaso ruim, custo a quebrar, mas risco tantas vezes. Caio num poço sem limites conhecidos por mim, mas que em breve se tornam superáveis. Tantas vezes sinto que pode ser o fim que não há mais resistência aos espinhos onde me deito, mas não, apenas deixam marca e me tornam um pouco menos eu... o eu que vai sozinho para um não sou eu, bolas, mas afinal sou! E assim vai passando esta eternidade de viver, apanha-me numa estrada que não é onde eu pensava ir. F.P. já apregoava a necessidade de vivermos lentamente sem grandes calores de alma, mas será? Na verdade o fogo queima, mas tantos muros fazem-me sentir que afinal ainda resta um pouco de mim... ainda não estou vencida, apenas um pouco rendida a evidências que não quero ver nem conhecer.
Portanto esta hoje é a música da minha alma perdida e do meu coração um bocadinho atropelado, hoje chove em mim...


Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.

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